🎙️ Capítulo 3 – Desvendando o Modelo das Três Linhas
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Neste episódio de 7 minutos do programa Gestão de Riscos Sem Fronteiras – da ISO 31000 à Transformação Digital, exploramos em profundidade o Modelo das Três Linhas, publicado pelo Institute of Internal Auditors (IIA) em 2020 e reconhecido mundialmente como uma das principais referências para a governança corporativa e a gestão de riscos.
O modelo surge em resposta às crescentes demandas por transparência, responsabilidade e resiliência em um mundo cada vez mais incerto, complexo e interconectado. Diferentemente de uma estrutura meramente defensiva, o Modelo das Três Linhas propõe uma visão estratégica, em que papéis e responsabilidades são claramente definidos e alinhados de modo a evitar lacunas ou sobreposições e a garantir que todos os atores da organização trabalhem de forma coordenada para a criação e a proteção de valor.
No centro desse modelo está o órgão de governança, representado geralmente pelo conselho de administração. Ele é responsável por definir a estratégia, a visão e o apetite de riscos, além de assegurar os recursos necessários à gestão. Ao mesmo tempo, deve garantir a existência de uma auditoria interna independente e competente, capaz de oferecer clareza, confiança e supervisão.
A gestão é outro elemento essencial do modelo e se divide em duas dimensões complementares. A primeira linha corresponde às áreas operacionais diretamente responsáveis por entregar produtos, serviços e resultados, assumindo a responsabilidade primária de identificar e gerenciar riscos no dia a dia. Já a segunda linha reúne funções especializadas, como compliance, gestão de riscos corporativos, segurança da informação e sustentabilidade, que fornecem suporte técnico, monitoramento e políticas de orientação para assegurar que a primeira linha atue com consistência e eficácia.
A terceira linha é representada pela auditoria interna, cuja função é prestar avaliação objetiva e independente sobre a eficácia da governança e do gerenciamento de riscos. Seu valor está na imparcialidade e na independência em relação à gestão, o que lhe confere autoridade e credibilidade como fonte de informação para conselhos e comitês. Assim, a auditoria interna é frequentemente descrita como os “olhos e ouvidos confiáveis” do órgão de governança.
O documento do IIA que fundamenta o modelo ressalta ainda seis princípios que sustentam sua aplicação. São eles: a importância da governança sólida, a definição clara dos papéis do órgão de governança, o reconhecimento das responsabilidades da gestão por meio das primeiras e segundas linhas, o papel da auditoria interna como terceira linha independente, a necessidade inegociável de preservar essa independência e, por fim, a centralidade do objetivo de criar e proteger valor.
Ao longo do episódio, destacamos que as três linhas não devem atuar de forma isolada, mas sim como uma verdadeira orquestra corporativa. A harmonia entre governança, gestão e auditoria depende da cooperação, da comunicação e da transparência. Quando esses elementos se alinham, a organização não apenas reage a riscos, mas consegue se antecipar a eles, fortalecer a confiança dos stakeholders e conquistar vantagens competitivas sustentáveis.
Este capítulo foi concebido para servir como um guia introdutório e prático a quem deseja compreender como o Modelo das Três Linhas pode ser aplicado a diferentes tipos de organizações, sejam elas pequenas, médias ou grandes, públicas ou privadas. Ao longo dos 7 minutos, explicamos de maneira acessível os conceitos essenciais do modelo, os desafios mais comuns de sua implementação e apresentamos caminhos para adaptá-lo às particularidades de cada setor.
Ao assistir este episódio, você terá a oportunidade de entender por que o Modelo das Três Linhas se tornou indispensável para organizações que precisam navegar em ambientes de alta incerteza, tomar decisões mais informadas e, sobretudo, alinhar governança, riscos e objetivos estratégicos.