Épisodes

  • Estreia. "1983: Portugal à Queima-Roupa". Episódio 1: Um corpo no lobby do hotel
    Jul 22 2025

    10 de abril de 1983. Um homem misterioso aguarda no lobby de um hotel em Albufeira. Tem um alvo para abater, só precisa de o avistar. Assim que o faz, dispara quatro tiros e afasta-se a passo. Acaba de matar, em pleno dia e em Portugal, Issam Sartawi, um dos homens mais importantes da causa palestiniana. A caça ao atirador começa de imediato e estende-se a todo o país. No final do dia, um taxista vai ser mandado parar pela polícia, a centenas de quilómetros de distância do local do crime. É ele quem vai dar a primeira grande pista para chegar ao assassino.

    "1983: Portugal à queima-roupa" é o novo Podcast Plus do Observador. É narrado por Victoria Guerra e tem banda sonora original dos Linda Martini. Pode ouvir semanalmente os episódios de "1983: Portugal à queima-roupa" na playlist própria do podcast na Apple Podcasts, Spotify, Youtube ou outras plataformas de podcast. Os assinantes standard e premium do Observador têm acesso exclusivo e antecipado a todos os episódios em observador.pt.

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    41 min
  • Sanches Osório, parte II: “Champalimaud disse que só financiaria o MDLP se Spínola fosse afastado, porque o General era burro”
    Jul 6 2025

    A discussão sobre as refeições do Conselho de Ministros. A ameaça de tareia a um magistrado. Spínola: os berros, os pontapés debaixo da mesa, as indecisões e o passaporte com o nome do Patriarca. Vasco Gonçalves: “Um bem-intencionado, um pouco avariado da cabeça”. A manifestação da maioria silenciosa e o 11 de março. A guerra com o CDS e a lista secreta dos depositantes de um banco para financiarem o Partido da Democracia Cristã. A prisão na mesma cela que dois diretores da PIDE. E a fuga para Espanha disfarçado com uma capa e cabelo pintado. Segunda parte da conversa com o coronel Sanches Osório.

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    1 h et 12 min
  • Sanches Osório: “Os generais presos no 25 de Abril temeram ser fuzilados: ‘Chegou a nossa hora?’”
    Jun 30 2025

    Sanches Osório reconstitui as primeiras 72 horas da revolução no posto de comando. A vantagem de Spínola sobre Costa Gomes para ser o primeiro presidente, que viria a ser “embarretado por toda a gente”. As crónicas do comunista Mário Castrim que influenciavam Vasco Gonçalves. E os funcionários que faziam louvores ao governo de Marcelo Caetano e viraram para a extrema-esquerda — “E eu passei a ser fascista e reacionário”.

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    1 h et 3 min
  • João Soares, parte II: “Quem derrotou o PCP nas ruas e nas urnas foi o PS. O resto é treta”.
    Jun 23 2025

    “O PCP não levou arquivos para Moscovo”, mas controlava a comissão de extinção da PIDE, que “estava um bocadinho em regime de regabofe”. A carga de pancada dos PIDES no aeroporto. O conselho do avô: “À frente dos PIDES não se chora”. A coragem física de Mário Soares e Salgado Zenha. Spínola e a “matança da Páscoa, uma coisa de doidos”. O DN de Saramago, “uma coisa do pior que se possa imaginar”. E o grande negócio com o livro “O Triunfo dos Porcos”. Segunda parte da conversa com João Soares.

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    42 min
  • João Soares: “O Zenha dizia-me: ‘Epá, tu tens é que ser preso’”
    Jun 16 2025

    João Soares, filho de Mário Soares, recorda como conheceu Salgueiro Maia no Largo do Carmo, onde andou a oferecer os primeiros exemplares do jornal República que não passaram pela censura. A viagem de comboio do pai desde Paris, a chegada a Santa Apolónia, e as primeiras lutas do PS: “Soares e Zenha, não há quem os detenha. Era um grande slogan.”

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    1 h
  • Artur Santos Silva e a ruptura com Sá Carneiro em 1974: “A saída do PPD foi um mau momento, uma coisa de muitos impulsos” — parte II
    Jun 9 2025

    Os insultos no Bolhão a Otelo e Corvacho. A insólita reunião do Conselho de Ministros antes do cerco ao Parlamento. A conspiração entre Soares, Zenha e Sá Carneiro sobre a greve do Governo. Os 220 processos de saneamento em bancos e seguradoras. O afastamento do PPD e o pedido de demissão do Governo. Segunda parte da conversa com Artur Santos Silva: “Olhando para trás, não fiz nada que me tenha repugnado. Nada.”

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    53 min
  • “Sá Carneiro disse-me: ‘Artur, não fique cá’”
    Jun 2 2025

    Artur Santos Silva festejou o 25 de abril com champanhe em casa do vizinho Francisco Sá Carneiro, no Porto. A fundação do PPD, o choque das nacionalizações e o pânico com as detenções de empresários.

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    56 min
  • Tozé Brito: “No quartel votámos contra sair à rua para travar o Jaime Neves. Ou morríamos todos ou dava guerra civil”
    May 26 2025

    O músico Tozé Brito pagou dez contos a um agente da PIDE para fugir do país e exilar-se em Inglaterra como tradutor, para escapar à guerra de África. Voltou no Natal de 1974 e viveu o quente ano de 1975 nos quartéis, a dar instrução sobre armas pesadas. Participou em campanhas de alfabetização no interior, onde viu a magia da chegada da luz elétrica e da televisão — e um homem ainda lhe perguntou pelo rei, 65 anos depois do fim da monarquia. Aos fins de semana dava concertos com o Quarteto 1111, que continuou a fazer músicas sobre o amor, apesar da mudança política na música: “Só havia espaço para a esquerda e para quem cantava a Revolução. Era massacrante estar a ouvir aquilo”.

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    1 h et 6 min