Experiência do usuário: o verdadeiro lastro de valor de um produto
Échec de l'ajout au panier.
Échec de l'ajout à la liste d'envies.
Échec de la suppression de la liste d’envies.
Échec du suivi du balado
Ne plus suivre le balado a échoué
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Quando falamos de produto, é comum que a conversa gire em torno de funcionalidades, métricas e retorno financeiro.
Esses fatores são essenciais, mas colocar a experiência do usuário em segundo plano é um erro. O valor de um produto não está apenas em tudo que ele faz, mas em como o usuário se sente ao usá-lo.
A percepção de valor nasce quando o problema real é resolvido de forma simples, intuitiva e prazerosa. É nesse ponto que a experiência deixa de ser detalhe e se torna o lastro que sustenta todo o modelo. Colocar o usuário no centro não significa ignorar custos ou viabilidade técnica, mas entender que toda decisão de negócio deve convergir para oferecer qualidade de experiência.
Um produto pode ser eficiente internamente e promissor financeiramente, mas se não entrega simplicidade e confiança, perde relevância. O mercado está cheio de exemplos: aplicativos que exigem dezenas de cliques, sites bonitos que travam no celular, campanhas criativas que vendem uma promessa que o produto não cumpre. Em todos esses casos, a falta de atenção à experiência mina o negócio pela base.
O marketing tem papel estratégico nesse equilíbrio. Ele não serve apenas para “vender”, mas para criar significado — conectar o valor funcional ao emocional. Quando comunica benefícios de forma honesta e mostra como o produto se encaixa na vida real, o marketing desperta desejo e identificação. Mas a magia só se sustenta se a entrega for coerente. Prometer sem cumprir destrói confiança com mais rapidez do que não prometer nada.
Outro equívoco comum é achar que a experiência pode ser ajustada depois, quando o produto “ganhar tração”. Essa lógica pode gerar resultados rápidos, mas inevitavelmente cobra seu preço. Usuários frustrados não só abandonam o produto: também o criticam publicamente, corroendo reputação.
Tratar a experiência como espinha dorsal significa que estratégia, execução e cultura precisam estar alinhadas. Na estratégia, priorizar o que melhora a jornada do usuário. Na execução, testar cada entrega sob a ótica do uso real. Na cultura, fazer com que marketing, design, tecnologia e negócios trabalhem em sintonia — todos a serviço da experiência.
Esse alinhamento é o que garante consistência. A experiência deixa de ser atributo isolado e se torna o elo que conecta todas as áreas. O diferencial competitivo já não é preço nem tecnologia: é a qualidade da experiência. Ela transforma curiosidade em engajamento, engajamento em hábito e hábito em lealdade.
A experiência do usuário não é ornamento; é o alicerce invisível que dá solidez ao produto. É o que mantém o barco estável mesmo em mares turbulentos de concorrência e mudança. Investir em experiência é investir na perenidade do negócio.
O marketing pode iluminar o valor, mas é a experiência que garante que esse valor seja real e inesquecível.