Do arado à inteligência artificial, o agronegócio brasileiro vive uma revolução silenciosa. A fazenda cognitiva promete unir tecnologia e sustentabilidade, criando um campo que pensa, aprende e regenera. Mas há um desafio no horizonte: como transformar esse futuro em realidade quando a maioria dos produtores ainda carece de recursos, conectividade e preparo para essa nova era digital? O futuro do campo está nas nossas mãos, mas nem todos estão prontos para colhê-lo.

O agronegócio brasileiro enfrenta o Duplo Mandato: crescer 70% e alcançar a resiliência climática. Descubra como a Conectividade via satélite, a Inteligência Artificial (IA) e a Agricultura Regenerativa 5.0 estão transformando a fazenda em um ecossistema cognitivo. A era do trade-off acabou: o futuro da liderança global passa pela fusão indissociável de tecnologia e sustentabilidade no campo.

A Agricultura 5.0 é a nova era do setor, definida pela gestão intensiva de agrodados (coletados via IoT, drones e satélites) para decisões preditivas. Essa transformação expõe o dado como o ativo mais valioso, mas cria um vácuo regulatório. Globalmente, debates sobre a propriedade, portabilidade e monetização dos agrodados estão em foco. Enquanto os EUA apostam na autorregulação e certificação (Ag Data Transparent), a União Europeia foca no contrato explícito. No Brasil, o PL 4123/2020 busca garantir a propriedade legal do dado ao agricultor e impor multas por obstrução. O futuro da AgriTech depende de superar gargalos de conectividade e estabelecer uma governança ética e transparente que inclua todos os produtores.