ROMANTIZAÇÃO DA MEDIUNIDADE

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Neste episódio, te faço um convite raro: em vez de falar apenas sobre o invisível, nós vamos falar sobre o que é real. A espiritualidade tem sido romantizada, transformada em slogan, em frase pronta, em consumo rápido. E quando o sagrado vira produto, o problema não está só na mentira, mas nas consequências espirituais, emocionais e kármicas que isso gera.

Falamos sobre como leis universais foram banalizadas, como se o ser humano pudesse se colocar acima da própria ordem cósmica. Lei de dar e receber, lei do pertencimento, lei do merecimento… nada disso é um “mantra bonito” para colocar em post. São forças que organizam a vida, e ignorá-las é escolher viver em fantasia, fugindo das próprias responsabilidades. Deus não existe para resolver tudo; quem precisa agir somos nós.

Ao longo da conversa, eu aprofundo a diferença entre oração e magia, fé e comportamento, guia espiritual e “coach energético”. Falo sobre Exu tratado como frase de efeito de internet, sobre rituais feitos sem autoridade, sem começo, meio e fim, sobre pessoas que querem mediunidade, mas não aceitam disciplina, estudo e compromisso com algo maior que o próprio ego. Nem toda reza é inofensiva, nem todo banho de ervas resolve uma magia, e nem toda luz é leve.

Compartilho também uma experiência muito marcante: em vez de fazer uma festa de Preto Velho como sempre, escolhi, junto com a corrente mediúnica, rezar profundamente pelas vidas atingidas por uma grande tragédia no Sul. Foi uma gira sem incorporações, mas cheia de joelhos no chão, terço na mão e coração voltado para o outro. Ali eu compreendi, com muita clareza, o que é responsabilidade real diante do sagrado.

Esse episódio é um chamado à maturidade espiritual. Um convite para você olhar com honestidade para a sua fé, para a forma como você se relaciona com Deus, com seus guias, com seus orixás e, principalmente, com as suas próprias escolhas. Se você sente que a espiritualidade não pode ser só modismo, fantasia ou fuga, essa conversa é para você.

Axé 🌿🙏
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MEDIUNIDADE EXISTE?

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A mediunidade existe e se manifesta muito antes de qualquer religião ou ritual. Ela pulsa na intuição que salva, no arrepio que confirma presença, no sentimento que ultrapassa a lógica e alcança lugares que a mente não explica. A mediunidade é natural porque é humana e é espiritual ao mesmo tempo. Faz parte da forma como percebemos, sentimos, nos conectamos e nos movemos no mundo.

Neste episódio, eu abro com você a compreensão da mediunidade a partir de diferentes olhares. A visão da antropologia, que a reconhece como prática presente na maior parte das religiões da história humana. A visão da psicologia, que entende o estado mediúnico como um estado alterado de consciência treinado e não patológico. A visão da espiritualidade, que percebe a mediunidade como ponte entre dor e cura, entre dúvida e caminho, entre presente e ancestralidade.

Falamos sobre os tipos de mediunidade que existem. A mediunidade natural, que flui sem resistência. A mediunidade provatória, que desafia e exige superação de antigas histórias. A mediunidade hereditária, que reverbera quando a missão não foi cumprida por quem veio antes. A mediunidade missionária, que chama, insiste, atravessa a vida inteira até ser reconhecida.

Falamos também sobre dons e funções. A intuição que amplia consciência. A incorporação que acolhe e orienta. A sensibilidade que lê ambientes e vibrações. A cura que acontece pela presença e pela energia. A doutrinação que guia. A força que limpa e reorganiza demandas. Cada médium vive uma natureza e um caminho diferentes, mas todos partem do mesmo princípio: a mediunidade é uma linguagem do espírito.

E, acima de tudo, falamos da responsabilidade. Porque mediunidade não é apenas sobre espírito, é sobre ética, sobre maturidade, sobre cuidado com as próprias sombras, sobre consciência do impacto que essa sensibilidade tem na vida e na vida dos outros. A mediunidade quando educada e direcionada se torna fonte de equilíbrio, pertencimento, organização emocional e cura profunda.

Se você sente, se percebe, se intui, se arrepia ou apenas reconhece que há algo que te atravessa sem tocar, este episódio é para você. Que ele encontre seu coração no momento certo e amplie sua compreensão sobre quem você é e sobre o que te acompanha.

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Iemanjá

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Neste episódio, quero te conduzir a um lugar onde a palavra não chega, mas a alma reconhece.
Vamos caminhar juntos pelas águas de Iemanjá, essa força que nos acolhe, nos limpa e nos devolve para nós mesmos.
Um chamado para você olhar para o que sente, para o que dói, para o que precisa ser devolvido ao mar para, então, renascer.

Ao longo desta conversa, eu te apresento a história da Mãe do Mar como ela vive dentro de cada um de nós: na criação, na perda, no recomeço, no amor que sustenta e no cuidado que cura. Falamos da maternidade ferida, da força emocional do feminino, da memória das mulheres negras que mantiveram o mundo de pé, e dos caminhos que se abrem quando aprendemos a respeitar o fluxo da vida.

Também te explico, com carinho e profundidade, como oferendar com consciência, com beleza, com reciprocidade, porque tudo que entregamos ao mar volta para nós de outra forma. E compartilho o verdadeiro sentido de Odoyá, essa saudação que carrega o movimento do oceano e a sabedoria das águas doces que nos antecedem.

Se você está em busca de respostas, acolhimento, clareza ou descanso para a alma, este episódio é um convite. Um chamado para você se aproximar da Mãe das Águas com respeito, devoção e verdade.

Aqui, eu te guio para dentro do seu próprio mar, esse lugar onde a dor se purifica, o sentir amadurece e a vida volta a se mover.

Vem comigo.
Odoyá.