Épisodes

  • Professor Adriano Gianturco desmonta mitos sobre o Brasil em novo livro
    Dec 6 2025

    Em O TEMPO Entrevista, o PhD em Ciência Política e coordenador do curso de Relações Internacionais do IBMEC-BH, Adriano Gianturco mostra como discursos populares sobre corrupção, riqueza, violência, protecionismo e comportamento brasileiro não resistem à comparação global.

    Adriano Gianturco esteve nos estúdios de O TEMPO para apresentar seu novo livro: "Mentiram para Nós sobre o Brasil", obra que reúne dezenas de dados e rankings internacionais para desmontar ideias amplamente repetidas no debate público. “Muitas narrativas que circulam por aqui simplesmente não batem com os dados”, afirma o autor. Pensado para o grande público, o livro tem capítulos curtos e independentes, que podem ser lidos em qualquer ordem.

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    36 min
  • Habeas corpus humanitário é para todo mundo — assim como quer Jair Bolsonaro?
    Nov 27 2025

    O advogado criminalista Rafael Pereira, especialista em Ciências Penais e conselheiro do Conselho de Criminologia e Política Criminal da Sejusp-MG, afirmou que o sistema carcerário brasileiro está longe de oferecer condições adequadas para qualquer pessoa presa. Em O TEMPO Entrevista, ele explicou que discussões recentes sobre habeas corpus humanitário e prisão domiciliar — impulsionadas pelo caso do ex-presidente Jair Bolsonaro — expõem desigualdades históricas entre presos com grande visibilidade e a população carcerária comum.

    Segundo o advogado, o habeas corpus humanitário não é um privilégio nem um mecanismo exclusivo para figuras políticas, mas deveria ser utilizado sempre que o Estado se mostra incapaz de garantir cuidados básicos ao preso, como medicamentos, assistência médica e condições mínimas de higiene. Na prática, porém, ele afirma que apenas casos de grande repercussão recebem inspeções detalhadas do Judiciário para verificar se o preso está sendo atendido adequadamente. “O preso comum não tem essa atenção”, observa.

    Rafael destaca ainda a superlotação como o maior obstáculo para qualquer política de ressocialização. Dados recentes da Secretaria Nacional de Políticas Penais mostram que o Brasil tem mais de 702 mil presos para apenas 500 mil vagas, cenário que impede triagem adequada, compromete a saúde e limita qualquer atuação eficaz das polícias penais. Em condições precárias, afirma ele, o sistema não cumpre sua função de reinserir o indivíduo na sociedade e, muitas vezes, funciona como “escola do crime”.

    Um dos trechos mais contundentes da entrevista ao jornalista Léo Mendes aborda o ciclo de reincidência. Para o criminalista, a sociedade fecha portas para quem deixa a prisão, enquanto as organizações criminosas oferecem exatamente o contrário: emprego, renda e proteção. “Onde o Estado não chega, o tráfico chega”, disse, citando ainda que facções dominam setores econômicos, financiam infraestrutura em comunidades e ocupam justamente o espaço que deveria ser preenchido por políticas públicas.

    Questionado sobre possíveis soluções, Rafael Pereira não demonstra otimismo. Ele lembra que presos “não dão voto”, razão pela qual poucos governos assumem o custo político de investir em melhorias no sistema prisional. Mesmo assim, defende a ampliação de modelos que funcionam, como as Apacs, e ações permanentes de urbanização, prevenção e políticas criminais integradas. Para ele, sem uma transformação estrutural, o Brasil continuará repetindo os mesmos erros.

    A entrevista completa vai ao ar nesta quinta-feira, 27 de novembro, às 15h30. E também estará disponível nos principais tocadores de podcast.

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    34 min
  • Nova presidente do CRF-MG promete gestão mais humanizada e próxima dos farmacêuticos
    Nov 22 2025

    A farmacêutica Fabiana Silveira, líder da Associação dos Farmacêuticos de Betim, foi eleita presidente do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF-MG) e assume o cargo em janeiro de 2026 para um mandato de dois anos. Representante da chapa Somos a Mudança, ela recebeu mais de 10 mil votos em uma das eleições mais disputadas do conselho, que reúne em torno de 32 mil profissionais no estado. Em O TEMPO Entrevista, apresentado pelo jornalista Léo Mendes, Fabiana destaca que seu principal compromisso é reconstruir a relação de confiança entre o CRF e a categoria.

    A nova presidente defende que o Conselho volte a ser uma instituição de referência para o farmacêutico, oferecendo formação continuada, presença ativa nas regiões e apoio efetivo no dia a dia da profissão. Uma pauta central será a saúde mental dos profissionais, tema recorrente em suas falas: “Temos uma categoria cansada, adoecida e desmotivada. Precisamos cuidar de quem cuida”, afirmou.

    Outro ponto considerado estratégico pela nova gestão é o fortalecimento das relações institucionais. Fabiana pretende reaproximar o CRF do Conselho Federal de Farmácia, dos sindicatos e de parlamentares que defendem a pauta do piso salarial, uma reivindicação histórica da categoria. Ela reforçou que políticas de valorização profissional só avançam com articulação política e união de todas as entidades.

    A transparência financeira também será prioridade. Fabiana anunciou que o conselho vai adotar planilhas mensais abertas à categoria, auditorias internas e novos canais diretos de comunicação. A proposta inclui ainda a descentralização das ações do CRF-MG, com delegados regionais e incentivo à criação de associações locais, ampliando a presença do conselho nos 853 municípios mineiros.

    A entrevista vai ao ar no sábado, 22 de novembro, às 14 horas no canal de O TEMPO no YouTube e também nos principais tocadores de podcast.

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    31 min
  • Mounjaro e Ozempic: remédio ou modismo?
    Nov 7 2025

    A médica endocrinologista Ana Paula Oliveira e a farmacêutica Mônica Lenzi analisam o impacto clínico, social e ético por trás desse fenômeno global

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    37 min
  • Debate: o Brasil perdeu o controle sobre a criminalidade
    Oct 31 2025

    Especialistas em Segurança Pública ouvidos por O TEMPO Entrevista dão suas visões sobre a megaoperação realizada no Rio de Janeiro

    A megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra a facção criminosa Comando Vermelho escancarou as diversas dificuldades do poder público em fazer um combate efetivo contra o crime organizado.

    A incursão policial realizada na terça-feira (28), resultou em 121 mortes, a mais letal da história do estado fluminense.

    Em O TEMPO Entrevista, dois especialistas participam de um debate e apresentam as suas visões sobre a operação planejada e executada pelo governo do Rio. Para o coronel Ailton Cirilo, presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-MG, a ação foi um sucesso.

    "O que tem acontecido no Rio de Janeiro é algo gravíssimo. Ato de guerra. Quando você utiliza drone para lançar granada contra agentes policiais, não está só matando o agente do Estado, está matando o próprio Estado. Entendo que há uma preocupação em averiguar as mortes que ocorreram, mas eu não tenho dúvida que a operação foi assertiva, ela foi ajustada e teve sucesso, porque houve planejamento", pontua o coronel, que também é presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.

    Já o professor Henrique Noya, doutor e mestre em Filosofia e Teoria Geral do Direito, o governo do Rio de Janeiro errou diante do resultado da megaoperação. "Dada essa alta letalidade, eu acho que foi uma operação, no saldo geral, desastrosa. Aquela imagem de uma violência plástica que correu o mundo, uma violência gráfica muito impactante, chocou todo mundo", destaca o professor.

    A entrevista completa, conduzida pelo jornalista Léo Mendes, você assiste no canal de O TEMPO no YouTube e também pode ouvir pelos principais tocadores de podcast.

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    39 min
  • O Brasil ainda é vulnerável no mundo digital
    Oct 26 2025

    O avanço da tecnologia e a popularização da inteligência artificial transformaram o mundo digital em um terreno fértil para o crime cibernético. O alerta é do professor Marcos Flávio Araújo Assunção, especialista em segurança da informação e professor do IBMEC.

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    38 min
  • Novelas e influenciadores revelam o poder do entretenimento sobre o comportamento
    Oct 18 2025

    Em O TEMPO Entrevista, a psicóloga e psicanalista Camila Grasseli analisa o fascínio do brasileiro pelas novelas, o fenômeno dos influenciadores digitais e os riscos do consumo excessivo de telas.

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    32 min
  • Verdura é o tema do Comida di Buteco 2026
    Oct 4 2025

    O Comida di Buteco revelou o tema criativo da edição 2026: VERDURA. O concurso, que nasceu em Belo Horizonte e hoje é realizado em 40 cidades de todas as regiões do país, contará com a participação de mais de 1.200 bares. Mais do que um festival gastronômico, o evento se firmou como um movimento de valorização da cozinha de raiz e de fortalecimento da economia local, gerando empregos, capacitando empreendedores e movimentando a vida cultural das cidades.

    Para a diretora de operações e co-fundadora do concurso, Maria Eulália Araújo, a escolha do tema reforça o compromisso de provocar a criatividade nos bares participantes. “Muita gente confunde inovação com tecnologia. Inovar, às vezes, é exatamente isso: fazer quem está acostumado a fritar torresmo ter que colocar verdura no meio do caminho e dar protagonismo a ela. Isso é inovação. Você pode ter certeza que nós vamos ter um 2026 com receitas incríveis”, destaca.

    Em O TEMPO Entrevista, a diretora do concurso fala também sobre todas as novidades da próxima edição, prevista para o mês de abril, e conta as histórias mais surpreendentes dos participantes nesses 25 anos do Comida di Buteco.

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    31 min