Sobrecarga Feminina: status social ou armadilha estrutural?
Neste episódio, mergulhamos nas camadas da sobrecarga física e emocional vivida por tantas mulheres, e marcada pelo acúmulo de funções e responsabilidades.
Partimos de uma contextualização histórica para compreender como fomos socializadas ao longo do tempo - entre o trabalho, os cuidados domésticos e a criação dos filhos, e como tudo isso nos conduziu e ainda conduz a um estado de exaustão coletivo permeada por culpa e solidão.
Nos perguntamos, então: teria sido o direito de dividir a conta no restaurante a única conquista que nos restou?
A partir dos simbolismos astrológicos de Câncer e Capricórnio, refletimos sobre as pressões sociais que impõem uma produtividade incessante, desconsiderando os ritmos naturais do corpo feminino - como os ciclos menstruais, e o convite ao recolhimento que ele nos faz.
Discutimos ainda a diferença entre o tempo Kairós - associado ao prazer, à pausa e ao autocuidado, e o tempo cronológico - símbolo da linearidade e do fazer constante, regido por um sistema que valoriza o fazer em detrimento do ser.
Siga o Pérolas de Afrodite na sua plataforma de podcast favorita e conecte-se conosco no Instagram: @psicologacarolfagundes e @ser.como.flor
Referências:
https://www.cofen.gov.br/burnout-sindrome-passa-a-integrar-lista-de-doencas-ocupacionais-pela-oms/#:~:text=ainda%20mais%20evid%C3%AAncia.-,No%20Brasil%2C%20cerca%20de%2030%25%20das%20pessoas%20ocupadas%20sofrem%20com,evidencia%20a%20gravidade%20da%20situa%C3%A7%C3%A3o
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 42. ed., 3. reimpr. Petrópolis: Vozes, 2016
ZANELLO, Valeska. A Prateleira do Amor: Sobre Mulheres, Homens e Relações. Curitiba: Appris, 2022