Portuguese Classics

Nestes dois contos de Florbela Espanca, seu tema recorrente, a morte, é parte não só do enredo, mas da trama com que é tecida a história. Em "O aviador", dos seus contos mais sentidos, usa-se a mitologia e figuras de linguagem – a perda das asas – para retratar a tragédia. Em "A morta", a protagonista ergue a tampa do caixão para sonhar acordada.

Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, é um dos maiores clássicos da Literatura Universal. O livro vem encantando crianças, adolescentes e adultos desde sua publicação, em 1865 – e cada uma das gerações que folheia as páginas dessa obra descobre um novo aspecto de Alice e outras personagens inesquecíveis, como o Chapeleiro Maluco e a Rainha de Copas. Escrita durante o reinado da Rainha Vitória na Inglaterra, a obra satiriza o racionalismo exacerbado desse período por meio do nonsense, da introdução do maravilhoso na realidade cotidiana, relativizando as convenções dominantes de seu tempo.

Publicado pela primeira vez em 1943, O Pequeno Príncipe é a obra mais famosa do aristocrata, escritor, poeta e aviador pioneiro Antoine de Saint-Exupéry. É um conto poético, com ilustrações em aquarela do autor, em que um piloto perdido no deserto encontra um jovem príncipe em visita à Terra vindo de um minúsculo asteroide. A história é filosófica e inclui críticas sociais ao mundo adulto.

Do mesmo autor de "Alice no País das Maravilhas". Prepare-se para ler o mais longo poema de Lewis Carroll e para se divertir com os primeiros versos criados por ele, aos 13 anos, para alegrar os irmãos mais novos. "Fantasmagoria" é uma conversa cômica e poética, entre um fantasma e o dono da casa, na qual, em meio a vários assuntos, o espectro apresenta as regras de comportamento dos fantasmas.

Último e mais longo conto da coletânea Dublinenses, Os mortos, de James Joyce, narra a ida de Gabriel Conroy e de sua esposa Gretta a uma tradicional festa de Natal na casa das tias de Gabriel. A partir das interações entre os convidados, com descrição de detalhes surpreendentes, Joyce retrata a vida da classe média da capital irlandesa no começo do século passado. Ao fim da festa, o casal retorna ao hotel onde pernoitará, e uma descoberta de Gabriel sobre o passado de Gretta o faz repensar a sua própria vida.

A narrativa acompanha um homem que, diante da adversidade, é forçado a encarar seus próprios limites, uma jornada que se transforma em profunda meditação filosófica sobre liberdade, destino, resiliência e empatia. Tolstói nos conduz por paisagens externas e internas, entre montanhas traiçoeiras e os abismos da alma, revelando, com sensibilidade e firmeza, as camadas mais complexas do espírito humano.

Uma caçada à onça que rondava o sítio causa uma guerra entre a turma de Pedrinho e a bicharada. Em meio aos acontecimentos, um rinoceronte foge de um circo e aparece no Sítio do Pica-Pau Amarelo.

“Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregório Samsa deu por si na cama transformado em um gigantesco inseto.” É assim que começa a história do caixeiro viajante Gregório, publicada em 1915 e que se tornou a obra mais conhecida e estudada de Kafka. O texto aborda as relações humanas em meio à sociedade burocrática, misturando absurdo, tragédia e realismo, temas recorrentes nos trabalhos deste mestre da literatura ficcional.

O Pai foi originalmente publicado no Jornal das Famílias em 1866, e narra a história de um hortelão e sua filha costureira. O encontro com seu vizinho poeta irá sacudir suas vidas na tentativa de apaziguar o passado e caminhar em direção a um futuro mais esperançoso.

Audiolivro gravado a partir de uma adaptação de Lúcia Tulchinski com narração e personagens femininos gravados pela adaptadora e personagens masculinos nas vozes do elenco da Livro Falante. Publicado em 1900 com o título “O maravilhoso mágico de Oz”, o livro de Lyman Frank Baum é considerado um conto de fadas genuinamente estadunidense.

Inspirados por um sábio, amigos realizam experiências para comprovar a eficácia de uma doutrina. O sábio ensina que a opinião das pessoas é mais importante do que a realidade em si. Eles decidem testar a teoria de maneiras diferentes. Um cria notícia sobre suas alparcas, se tornando amplamente aceito na cidade. Outro convence os moradores a aceitar narizes metafísicos no lugar de narizes afetados por uma doença. Os resultados dessas experiências surpreendem.

Machado de Assis traz a irônica e trágica história de João das Mercês, o rei dos caiporas. Não a figura folclórica, mas do caiporismo, alusão à má sorte, fatalidade e destino. De forma divertida, conhecemos a trajetória desse herói infeliz. "João das Mercês se caísse de costas. tinha toda a certeza de quebrar o nariz."

Aplicando esforços em uma noite sombria e chuvosa, a baronesa de Rialvo busca desesperadamente o meios de obter um empréstimo. Após uma relutância inicial, um senhor português concorda, mas exige garantias. A baronesa oferece um prédio como garantia, mas o velho quer também um título de dívida. Sem o dinheiro, ela se depara com um baile luxuoso e percebe a superficialidade da sociedade. Em casa, nem mesmo sua própria família lhe oferta compreensão ou empatia.

Após o jantar, o Capitão-Tenente Luís Pinto conversa com o Comendador Valadares sobre suas viagens e seus planos futuros. Durante a conversa, uma visita inesperada de Madalena Soares, uma antiga conhecida, desperta emoções no Capitão. Ambos relembram um intenso romance do passado e trocam palavras ambíguas sobre seus sentimentos. Será que o amor do passado sobrevive ao tempo e às circunstâncias?

A luta de Leonardo contra seus infortúnios, buscando a felicidade e o amor, enfrenta o oráculo que sua amada consultará para responder ao pedido de casamento.

"O carro número 13" é um conto envolvente de Machado de Assis que mistura o cenário rural com o urbano, um contraste incomum nas obras do autor. A história segue Amaro Faria, herdeiro do comendador Faria, um rico proprietário rural que, ao retornar ao Rio de Janeiro, é forçado a reavaliar suas crenças e visões de mundo. O conto oferece uma reflexão sobre os choques culturais, a adaptação ao novo e o conflito entre diferentes realidades sociais, características recorrentes na obra de Machado de Assis.

Para falar da alma humana, o narrador convida o leitor a conhecer, por suas próprias vozes, a vida de três objetos em situações muito distintas: a poltrona do gabinete de um sábio, o leito da câmara de uma virgem e a mesa da pocilga de um criminoso. A competência da escrita surpreendentemente provoca empatia em relação a esses objetos. "A alma das coisas" discute a presença de alma nas coisas inanimadas.

"Imagine (...) dezoito ou vinte mulheres idosas, metidas entre quatro paredes úmidas e regeladas, sem agasalho, sem lume para se aquecerem, sem pão para se alimentarem, sem energia na alma, e sem forças no corpo, comparando o passado, sentindo o presente e antevendo o futuro." Assim é expressa a indignação do autor perante o descaso com as mulheres do Convento do Lorvão, comparando sua situação com a dos religiosos homens...

Um poeta desiludido tem a oportunidade de viajar para um mundo que só conhecia em fantasia. Cercado de personagens fantásticos, ele conhece utopias e quimeras andando, dançando e conversando entre si e com ele acerca da inspiração humana.

O conto "Ruínas", extraído do livro "Horto de mágoas", do escritor, jornalista e crítico Gonzaga Duque, conta a triste história de Pero Roiz, que vê o mundo à sua volta mudar com o avanço do progresso urbano sobre a natureza que o circundava. As ruínas, materializadas no conto através de um cravo, tesouro herdado da mãe pelo personagem, que perde pouco a pouco suas cordas, são antes a metáfora da própria humanidade. Sensível, a narrativa emociona.