Épisodes

  • E você? É um mendigo emocional? Anda implorando por amor?
    Nov 4 2025

    Segundo Augusto Cury, o mendigo emocional é aquele que precisa de muitos estímulos pra sentir migalhas de prazer. Já num relacionamento saudável, tudo nos satisfaz, até as pequenas coisas.
    O problema é que, na era das notificações, vivemos buscando curtidas, respostas rápidas e aplausos. Quanto mais a gente se expõe, mais carente fica. É um paradoxo moderno: estamos hiperconectados e, ao mesmo tempo, emocionalmente desconectados.
    Cada curtida libera dopamina, cada comentário acende uma faísca… e o cérebro quer doses cada vez maiores. Aí vem a pergunta: a gente ainda sabe reconhecer um afeto genuíno quando recebe - se receber?

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    1 h et 1 min
  • Epidemia de noites mal dormidas e o preço que o corpo paga
    Nov 3 2025

    Acordar cansado já é parte da rotina de tanta gente e não por acaso... Todo mundo está sujeito a mesma lógica - de produção sem fim! Nosso valor hoje está atrelado ao quanto produzimos... E é óbvio que, nesse processo, a gente se cansa e muito - e nem desliga quando deveria, vulgo, na hora de dormir. O lance é geral a nível planeta MESMO - a OMS considera os distúrbios do sono uma epidemia global, atingindo de 40% a 45% da população mundial. No Brasil, o quadro é ainda mais grave:

    - A Associação Brasileira do Sono estima que cerca de 73 milhões de brasileiros têm algum distúrbio do sono, sendo a insônia e a apneia os mais comuns;

    - A Fiocruz reforça que 36% dos adultos brasileiros dormem menos de 6 horas por noite, tempo abaixo do mínimo recomendado de 7 a 8 horas.

    Noites mal dormidas aumentam o risco de infarto, AVC, diabetes e até câncer e, sim, o estilo de vida moderno é, como eu já tinha dito, o grande vilão dessa história. A correria, o uso excessivo de telas, a ansiedade e os horários caóticos têm roubado horas preciosas de sono.

    A Assembleia Geral da ONU, em 25 de setembro, incluiu pela primeira vez o sono de qualidade na Declaração Política Global sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis, reconhecendo a privação crônica de sono como fator de risco primário. A conquista é histórica e tem participação brasileira. Mas a pergunta é: por que demoramos tanto pra admitir que dormir bem é tão essencial quanto comer direito ou se exercitar? Que não dormir é tão ruim quanto ingerir bebida alcoolica, sedentarismo e fumar?

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    1 h et 1 min
  • Dias de Glória? Vira-lata caramelo está no hype, mas sucesso não se converte em adoção
    Oct 29 2025

    Ele é carismático, resistente e, claro, 100% brasileiro. O vira-lata caramelo conquistou as ruas, as redes e agora as telas: virou até estrela de cinema no longa “Caramelo”, da Netflix, que está entre as produções mais assistidas do mundo. Mas o sucesso do cãozinho símbolo nacional contrasta com uma realidade dura: segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil tem cerca de 30 milhões de animais abandonados, a maioria sem raça definida.

    No Interessa, o professor e veterinário Bruno Rausch, responsável pelo Centro Médico Veterinário Una Liberdade, éo convidado do dia e ajuda a nossa bancada feminina a entender esse paradoxo: o cachorro que representa o país ainda é o mais esquecido.

    O papo é um convite à reflexão: se o caramelo é o retrato do povo brasileiro, diverso, afetuoso e persistente, por que ainda há tantos vivendo nas ruas? Em tempos de curtidas e corações nas redes, o Interessa propõe transformar o amor de tela em ação: adotar, cuidar, respeitar e entender que o vínculo com um pet vai muito além da foto bonita.

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    1 h et 2 min
  • O nome disto é vida!
    Oct 28 2025

    A gente anda cercado de gente, seja na rua, no trabalho, no transporte, na academia - nas redes sociais, então, nem se fala! Mas também estamos cada vez mais sozinhos, distantes; os vínculos, quando têm… há qualidade? Ah, gente… Isso não é vida…Ou não deveríamos estar vivendo dessa forma. O novo livro da jornalista e escritora, Leila Ferreira, “O nome disto é vida!”, lembra a gente que o que sustenta a existência são as conexões verdadeiras e reais. Aquelas em que a gente pode ser quem é - sem filtro, melindre, com as emoções à mostra. Afinal, o que é que faz a vida valer a pena, senão as trocas? Confira a entrevista de Leila ao Interessa neste episódio.

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    1 h et 2 min
  • Quando a mente da mãe cansa, o coração do filho sente; e por que não ocorre o mesmo com o pai?
    Oct 27 2025

    Pesquisadores da Universidade de Manchester acompanharam mais de 3 mil famílias entre 2009 e 2022 e chegaram a uma conclusão que ecoa na vida de muitas mulheres: quando a saúde mental da mãe vai mal, o filho sente - e muito. O estudo, publicado no periódico BMJ Open, mostra que o esgotamento emocional materno está diretamente ligado ao aumento da ansiedade, da preocupação e da tristeza nas crianças. Curiosamente, a mesma relação não se repete com a figura paterna, o que os cientistas atribuem ao menor tempo de convivência com os filhos.

    A psiquiatra Dra. Adriana Gatti é a convidada do Interessa desta segunda (27) para repercutir com a bancada feminina como esse elo emocional, chamado pelos pesquisadores de “efeito espelho”, é resultado de um modelo de maternidade ainda muito solitário, no qual as mulheres seguem sobrecarregadas, culpadas e, muitas vezes, sem rede de apoio.

    De acordo com o Burnout Parental Report 2024, produzido pela Kiddle e pela B2Mamy, nove em cada dez mães brasileiras apresentam sinais de esgotamento, e sete em cada dez estão em burnout no trabalho. É o retrato de uma geração que ama, cuida, trabalha e tenta não desmoronar mas o amor, sozinho, não dá conta.

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    1 h
  • No nome tem “sexo”, mas sexo virtual é ou não uma forma de relação sexual?
    Oct 24 2025

    Tem gente que desmerece, mas se dá prazer e tem sexo no nome, não é sexo? Bom: o nome de Vini Júnior voltou aos holofotes e, desta vez, por um motivo nada esportivo. A modelo Day Magalhães revelou conversas íntimas com o jogador depois que ele apareceu em um vídeo com Virgínia Fonseca - com quem, dizem, vive um affair. Segundo Day, o craque do Real Madrid a teria procurado para fazer “sexo online” - inclusive, com a Virgínia lá. Com a internet presente em mais de 90% dos lares brasileiros, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o sexo também se reinventou - e o prazer ganhou novas formas de conexão.

    Uma pesquisa da Datafolha em parceria com a Omens mostra que 44% dos brasileiros encaram o sexo virtual como algo natural e 31% já praticaram sexting (aquelas mensagens de texto picantes com alguns nudes) durante o isolamento social. Brinquedos sexuais conectados a aplicativos também estão cada vez mais em voga - cresceram mais de 200% em vendas nos últimos anos. A tecnologia abriu espaço para novas formas de prazer - e com ela, surgiram novos dilemas.


    Mesmo assim, há quem ainda “faça pouco” do sexo virtual - e até quem questione: é sexo, afinal? E quando envolve inteligência artificial? Um tanto de gente usa ChatGpt para consulta com 'psicólogo', o que dirá... para otras cositas más . Praticar sexo com uma IA é possível? É literalmente sexo virtual? E estando em um relacionamento pode, por exemplo, ser considerado traição? Simular uma relação, mesmo sem toque, pode abalar o vínculo emocional, já que confiança, respeito e desejo são pilares que não cabem em um chat de IA...

    Enfim, o sexo precisa ser físico pra ser real? O prazer digital pode substituir o toque? É traição desejar alguém que só existe em pixels? O sexo virtual pode fortalecer ou enfraquecer uma relação?


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    57 min
  • Alô? Tem alguém do outro lado da linha? Por que temos medo do telefone?
    Oct 24 2025

    Já foi um gesto totalmente automático: o telefone tocava, a gente atendia. A propósito, em algumas casas (a minha, por exemplo) atender ao telefone era motivo de briga: todo mundo queria. Hoje, ele toca, e o impulso é olhar a tela e pensar “manda mensagem pelo amor de Deus, quem liga para os outros hoje em dia?”. Em tempos de hiperconectividade, ficou mais difícil, paradoxalmente, se comunicar.

    E é geral! Consultórios, clínicas, prestadores de serviço, muitos simplesmente não atendem mais. O WhatsApp virou o novo balcão de atendimento, mas nem sempre resolve o que exige urgência ou escuta. Uma pesquisa feita em agosto de 2024 pelo site Uswitch mostrou que 25% das pessoas entre 18 e 34 anos nunca atendem ligações, e 70% preferem mensagens de texto.

    Também… a ligação traz o inesperado: na conversa ao vivo, não dá pra editar, pensar na resposta ou se esconder atrás de emojis. A voz entrega emoção, insegurança e até desconforto, o que muita gente evita lidar. Estamos perdendo a capacidade de lidar com questões simples? A habilidade, por exemplo, de lidar com algo essencial ao evitar o contato direto? Falar ao telefone pode parecer “retrô”, mas ainda é uma forma de conexão humana genuína, que transmite tom, pausa, riso, suspiro e empatia. A substituição pela mensagem escrita cria uma falsa sensação de eficiência, mas muitas vezes amplia ruídos, alimenta mal-entendidos e distancia. A comunicação sem voz é prática, mas é suficiente? Por que temos tanta resistência a atender uma chamada?

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    1 h et 1 min
  • Humanização no trabalho: o que é e por que é tão importante
    Oct 22 2025

    Tudo bem que a tecnologia avança a passos largos (estamos assistindo a ascenção ultra rápida da IA), mas ninguém virou máquina ainda - e, numa boa: nem deveria (tem alguém querendo isso?).

    Ainda assim, muitas empresas se esquecem disso, tratando seus colaboradores como números, cujo único interesse é entrega de resultados e metas atingidas, sem desconsiderar aquele ser, olhar para sentimentos, emoções e necessidades. Um ambiente de trabalho humanizado, por outro lado, coloca as pessoas no centro, entendendo que o sucesso depende diretamente do bem-estar de quem faz a engrenagem girar.

    E será que investimentos em humanização garantem bons resultados na produção? Sim! Há redução de conflitos e mais engajamento da equipe. E não é só sobre números, é sobre sentir-se parte, valorizado e respeitado. Lideranças empáticas e sensíveis são essenciais para criar relações justas, fomentar crescimento e garantir que cada colaborador se sinta ouvido.

    E aí, quais sinais mostram que uma empresa precisa investir em humanização e bem-estar de seus colaboradores? Como fazer isso? Os colaboradores podem contribuir?

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    1 h et 3 min