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Neste clássico da literatura brasileira, José de Alencar conta a história de amor entre a virgem tabajara Iracema e Martim, guerreiro branco, inimigo de seu povo. O romance mostra as contradições do momento de surgimento do povo brasileiro, com o choque entre a cultura indígena e a chegada dos portugueses.

A história apresenta o romance entre Cecília, filha de um dos donos de terra, e Peri, um nativo da tribo Goitacases. Após a salvar de um ataque, o jovem se apaixona pela moça e passa a frequentar sua casa, se tornando amigo da família. Ceci, entretanto, já tinha outro admirador que não aprovava essa aproximação.

Jorge é um negociante órfão que ao terminar os estudos, toma conta dos negócios do pai e herda uma grande fortuna. Desfrutando de uma boa quantia, o protagonista decide deixar de trabalhar e viver aproveitando o luxo que o dinheiro lhe fornece. Um dia conhece Carolina, uma jovem modesta por quem se apaixona e deseja casar, mas percebe então que havia gastado todos os seus fundos, e estava praticamente falido.

Pertencente ao romantismo, Senhora é uma das principais e mais famosas obras de José de Alencar, sendo também classificada como um romance urbano. Dividida em quatro partes, a história narra a trajetória de Aurélia Camargo, uma moça meiga, que após o abandono do namorado, torna-se fria e calculista. Seu amante a dispensa por conta de sua condição socioeconômica, a trocando por uma moça de mais alta classe. Por meio desse enredo, Alencar demonstra o valor do dinheiro para a sociedade burguesa do século XIX.

Seduzida ainda jovem por um homem devasso em um momento de dificuldades financeiras, Maria é expulsa de casa pelo próprio pai, trocando então seu nome de Maria da Glória para Lúcia. Lúcia começa a viver como uma prostituta caprichosa, explorando seus ricos amantes, por quem manifesta um claro desprezo, até conhecer Paulo da Silva, um humilde jovem pernambucano que chega ao Rio de Janeiro e se apaixona por ela.

Com ares de fábula e temperado com ironia, "A corte do leão", parte do livro "Escritos políticos", é de autoria por José de Alencar, sob pseudônimo: "um asno". O narrador, inconformado com a inversão de valores no mundo que o cerca, pede a Júpiter para deixar de ser homem, e é, então, transformado em burro! Como reminiscência de sua humanidade, escreve um livro – a fábula de el-rei Leão: uma crítica ao governo monárquico da época.

"Há modéstias mais vaidosas do que o orgulho." Esse é o tom de José Alencar nesta crítica aberta ao Imperador D. Pedro II, de 1877. Assim como na fábula "A corte do leão", o autor chama o leitor a uma tomada de consciência sobre os desmandos da política, no caso, uma festa que consome os cofres públicos. É um excepcional recorte no tempo, que permite enxergar o Brasil Império por olhos inquietos e questionadores.

Um clássico da literatura brasileira publicado no século XIX. Pertencente a fase indianista de José de Alencar, Iracema narra o romance proibido entre a nativa da tribo dos tabajaras e o português, Martim. O romance histórico-indianista é um dos maiores exemplos de prosa poética do cânon nacional e uma grande narrativa de fundação, trazendo mais do que apenas uma história de amor, mas também a busca pela identidade brasileira por meio de elementos mitológicos e épicos.